domingo, 24 de julho de 2016

Marche com as mulheres negras.

Em Belém a marcha é organizada pelo CEDENPA e pela Rede de Mulheres Negras, inicia as 16h da segunda-feira, 25 de julho, saindo da escadinha em direção à Praça da República.

A data é um marco internacional da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, o racismo e a exploração de classe.


Ilustração Isabela do Lago, Arte Sinara Assunção.

Para Mametu Nangetu, este é mais um dia de luta por cidadania de mulheres negras, mulheres de terreiros de matriz africana, mulheres quilombolas. Por isso convocamos toda a sociedade para marchar junto com as mulheres negras e reafirmar a necessidade de políticas públicas de igualdade racial, políticas públicas de igualdade de gênero e de direitos humanos no Brasil.






O Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, comemorado em 25 de julho, é mais do que uma data comemorativa; é um marco internacional da luta e resistência da mulher negra contra a opressão de gênero, o racismo e a exploração de classe. Foi instituído, em 1992, no I Encontro de Mulheres Afro-Latino-Americanas e Afro-caribenhas, para dar visibilidade e reconhecimento a presença e a luta das mulheres negras nesse continente.
O objetivo da comemoração de 25 de julho é ampliar e fortalecer às organizações de mulheres negras, construir estratégias para a inserção de temáticas voltadas para o enfrentamento ao racismo, sexismo, discriminação, preconceito e demais desigualdades raciais e sociais. É um dia para ampliar parcerias, dar visibilidade à luta, às ações, promoção, valorização e debate sobre a identidade da mulher negra brasileira.
No Brasil, a Lei nº 12.987/2014, sancionado pela presidenta Dilma Rousseff, institui o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Tereza de Benguela foi uma líder quilombola, viveu durante o século 18. Com a morte do companheiro, Tereza se tornou a rainha do quilombo, e, sob sua liderança, a comunidade negra e indígena resistiu à escravidão por duas décadas, sobrevivendo até 1770, quando o quilombo foi destruído pelas forças de Luiz Pinto de Souza Coutinho e a população (79 negros e 30 índios), morta ou aprisionada. Assim como Tereza, outras mulheres foram e são importantes para a nossa história. Com trabalhos impecáveis e perseverança, elas deixaram um legado, que cabe a nós reverenciarmos e visibilizarmos a emancipação das mulheres negras, como forma de homenagear; Antonieta de Barros, Aqualtune, Theodosina Rosário Ribeiro, Benedita da Silva, Jurema Batista, Leci Brandão, Chiquinha Gonzaga, Ruth de Souza, Elisa Lucinda, Conceição Evaristo, Maria Filipa, Maria Conceição Nazaré (Mãe Menininha de Gantois), Luiza Mahin, Lélia Gonzalez, Dandara, Carolina Maria de Jesus, Elza Soares, Mãe Stella de Oxóssi, entre tantas outras

Fontes: Geledes CEERT Blogueiras Negras


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