sexta-feira, 31 de agosto de 2012

O cineclube e o alimento sagrado de cada dia.

Roda de conversas e reflexões sobre o alimento sagrado.


Em Belém do Pará, agosto é o mês em que tradicionalmente os terreiros realizam as celebrações religiosas para Legba, Exu, Mavambo ou Njila.
Ninguém sabe e ninguém viu quando começou essa tradição, só se sabe que é assim. E já que é assim, o Cineclube Nangetu se programou para acompanhar os rituais que os terreiros realizam neste mês, e para isso o Conselho Editorial do Cineclube decidiu fazer o “Mês da Boca que Tudo Come”, um mês com sessões de filmes que viessem a provocar a reflexão sobre a saúde nos terreiros através da alimentação humana – afinal, o que a divindade come, o homem come também...
Ciclovida, a resistência de agricultores familiares em combate ao agronegócio.

A primeira sessão (3 de agosto) aconteceu com o premiado documentário “Ciclovida”, de Matt Feinstein e Loren Feinstein (EEUU, 2010) – É o registro da viagem de bicicleta do Ceará até Buenos Aires, na Argentina realizada pelos agricultores Inácio e Ivânia. Eles descrevem a sua filosofia respeitosa de uma nova relação com a Terra e de outras pessoas como a base para o seu modo de transporte e da necessidade de reunir sementes naturais e criar redes para a futura partilha de idéias e de sementes em contrapartida para a dominação do agronegócio, e principalmente dos agrocombustíveis no campo que tem como conseqüência o deslocamento de milhões de pequenos agricultores e comunidades indígenas. Cultivos e matas nativas estão sendo substituídos por desertos verdes de monoculturas transgênicas onde nada mais, planta ou animal, pode sobreviver aos agrotóxicos que são utilizados.
"A carne é fraca" e os horrores da cadeia produtiva da carne.

Na sequencia foi a vez de “A carne é fraca”, de Denise Gonçalves (17 de agosto) - um documentário produzido pelo Instituto Nina Rosa sobre os impactos que o ato de comer carne representa para a saúde humana, para os animais e para o meio-ambiente . 
Espírito de porco, a industria e o mercado como responsáveis pelos impactos negativos da criação de suinos.

E a exibição do “Espírito de porco”, de Chico Faganello e Dauro Veras finalizou a programação (31 de agosto) trazendo o debate sobre os impactos da criação de suinos em confinamento para a industria alimentícia.

Mametu Nangetu conduziu o debate do “Ciclovida”, falou que conhece agricultores familiares, ribeirinhos e quilombolas que, como Ivânia e Inácio, resistem e preservam o conhecimento tradicional de produção de alimentos. Acrescentou falando da necessidade da preservação da diversidade daquilo que nos alimenta.... Disse, por exemplo, das frutas amazônicas, e relatou que percebe que a cada dia os ingás, os murucis, os jambos e os mucajás nativos perdem espaço nas prateleiras de supermercado para uvas, maçãs e pêssegos - que são frutas européias que para chegarem em nossas mesas recebem uma imensa carga de agrotóxicos. Luah Sampaio aproveitou para falar de sua experiência com hortas suspensas e o plantio de verduras em casas e apartamentos como opção para o consumo de vegetais saudáveis.
Quando a luz se acendeu depois do filme “A carne é fraca”, Müller de Nzazi imediatamente falou: “qua filme horrível, Táta!” E a partir desse comentário Táta Kinamboji começou a falar que a intenção não era de promover o veganismo e o consumo exclusivo de vegetais, disse que em pouco tempo haveria no terreiro as imolações de animais para Mavambo, e pediu a todos que lhe dissessem as diferenças entre o que o filme mostrou e as práticas do terreiro. Foi então que cada um foi refletindo sobre as diferenças entre a violência e os maus tratos praticados pela industria de alimentos e o respeito à vida que está na essência do sacrifício afro-religioso. Vanjulê recordou do que o filme mostrou do tratamento dispensado aos pintinhos nas granjas e disse que aqui, quando nasce uma ninhada no quintal, eles são tratados com todo o carinho, enquanto no filme “os pintinhos eram tratados como 'coisa' sem importância”. E foi essa idéia da industria tratar os animais como números, como lucro, ou como “coisas sem importância” que norteou o debate sobre o “Espírito de porco”...
Ao fim. Os tries filmes provocaram a sensação de que é necessário encontrar alternativas para a criação de animais com manejo tradicional, animais que tenham uma vida natural, que cresçam no tempo que cada espécie tem para crescer, que se reproduzam da maneira tradicional, com machos e fêmeas copulando, chocando e criando seus filhos...
Certamente, se os membros da comunidade conseguirem criar os animais para os rituais do terreiro, o ganho espiritual será o sagrado alimento saudável...  

Sessão "Relações familiares" no Cineclube Nangetu

Cineclube Nangetu
Sexta-feria, dia 7 de setembro, 19h.
Tv. Pirajá, 1194 - Marco.
32267599

Perto de casa, de Sérgio Borges.

Relações familiares · Olhares introspectivos e relações afetivas
Ao escolher a família como seu foco primário de atenção, os sete curtas-metragens que compõem este programa voltam seu olhar para aspectos distintos deste que é o núcleo fundador da nossa sociedade. A família, com sua capacidade de resumir os principais conflitos e realizações do ser humano, serve de espelho para todos nós. Não por acaso, assistindo a estes filmes, que ganharam prêmios e participaram de diversos festivais nacionais e internacionais, podemos ver projetadas ali nossas próprias relações com pais, avós, irmãos, tios, filhos, maridos e esposas. Realizados entre 1988 e 2009, eles nos permitem ainda traçar um painel tanto dos modelos de organização e relações afetivas e familiares ao longo deste período, como também ver variações de modelos narrativos e de produção pelos quais o cinema passou nos últimos anos.

Filmes
  • Café com leite, de Daniel Ribeiro, , 2007
  • Depois das nove, de Allan Ribeiro, , 2008
  • História familiar, de Tata Amaral, , 1988
  • Laurita, de Roney Freitas, , 2009
  • O bolo, de José Roberto Torero, , 1995
  • Perto de casa, de Sérgio Borges, , 2009
  • Tempo de ira, de Gisella de Mello, , 2003

Família: todo mundo tem uma, cada um tem a sua
Eduardo Valente*

Presentes na vida de quase todas as pessoas, é apenas natural que as relações familiares sejam tema recorrente no cinema. No universo do curta-metragem, essa presença é ainda mais notável, pois a curta duração e os orçamentos mais baixos pedem uma capacidade de se dizer mais com menos, resultando muitas vezes em histórias que se resolvam num microcosmo que o espectador reconheça com facilidade – como o dos laços familiares. Por sorte, as famílias são infinitas em suas organizações, e inúmeras são as possibilidades narrativas a explorar dentro delas.
Tomemos Laurita, por exemplo, onde sobressai a centralidade da figura feminina no seio da família, sobrando para os homens um papel secundário. Enquanto a personagem-título faz a dura passagem de menina para mulher, o filme explora uma variedade de complexos laços entre as mulheres: mães e filhas, tias e sobrinhas, primas. Impressiona como o diretor consegue ao mesmo tempo dar personalidade a um número grande de personagens e solucionar sua trama na duração curta.
É o contrário do que acontece em História familiar e O bolo, que centralizam suas narrativas em um casal e um cômodo. No primeiro, a sala da casa serve de espaço para um balé de encontros e desencontros dos desejos conflitantes de um casal que, mesmo jovem, já tem uma estrutura estabelecida (a voz da filha em off mostra isso). Não é difícil imaginar aqueles personagens indo dar, décadas depois, no casal de O bolo.
Aqui, ao contrário da concisão temporal do primeiro (uma mesma noite), acompanhamos em elipse cenas de uma rotina na qual a agressão mútua parece a única forma de comunicação no espaço de uma cozinha.
São dois lados de um mesmo espelho: o carinho que não esconde o enfado; a agressividade que não mascara o amor profundo.
Depois das nove, de Alan Ribeiro.

A cozinha também surge em Depois das nove como espaço do convívio familiar. Nesse caso, porém, trata-se de um gentil conflito de gerações entre avó e neto, portanto essa partilha de um mesmo espaço não significa de fato que haja uma troca. Cada um tem os seus objetos, dos seus próprios tempos (um rádio de pilha aqui, um computador ali), e apenas um trauma poderá fazer com que eles se olhem de frente. Ao final, o filme parece sair da casa para respirar os ares do mundo. Também é da necessidade de se escapar da casa e ir ao mundo que fala
Tempo de ira. Só que aqui, em meio à opressiva paisagem aberta do sertão, a questão não é de arejamento, mas de fuga mesmo – ainda que uma fuga consentida, num gesto de sacrifício materno extremo.
Sacrifícios também precisam ser feitos em Café com leite, onde uma perda obriga os personagens a assumir papéis diferentes dos que tinham na família. De fato, nesse filme de 2007 vemos uma nova família que se forma, seja na reescritura dos laços entre irmãos, seja nos laços de sensibilidades e sexualidades – e, curiosamente, são as mulheres que se encontram ausentes.
Café com leite, de Daniel Ribeiro.

Também só há homens em cena em Perto de casa: na frente da câmera, onde dois irmãos estabelecem toda uma dinâmica entre o mais velho e o caçula; e atrás dela, de onde a voz do pai tenta impor limites e, ao mesmo tempo, partilhar do momento lúdico de diversão. Aqui a nova estrutura que se impõe não é tanto da família, mas da produção: com a disseminação da tecnologia digital, imagens são captadas “ao natural”, sem o compromisso de estar “fazendo um filme”. É um trabalho que dá, dentro deste programa, todo um outro sentido para a expressão “filme de família”.

* Cineasta, crítico e editor da revista eletrônica Cinética
(www.revistacinetica.com.br)

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Festa da Senhora dos Caminhos 2012 - Kizomba riá Pambu N´Jila Negrita

Em nome da Mam´eto riá Inkice Nangetu uá N´Zaambi, convidamos para a Cerimônia Pública Festiva de Tradição Angola, em celebração à Pambu N´Jila "Negrita", a ser realizada no dia 25 de agosto de 2012 (sábado), a partir das 20h, no Terreiro Mansu Nangetu Mansubandu Kekê Neta, sito à Travessa Pirajá, 1194 (entre Av. Duque de Caxias e 25 de setembro - bairro do Marco).

Ficaremos honrados com sua presença.

Atenciosamente,

Taata Kivonda N´Dianvúla uá N´Zaambi


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Parceria com a UFPA cria vídeo de educação ambiental.


o sagrado é ecologico no candomblé de Angola from Etetuba on Vimeo.

O SAGRADO É ECOLÓGICO NO CANDOMBLÉ ANGOLA: Ação educativa e prática de saberes culturais na construção da educação ambiental em comunidade de terreiro.

Filme Coletivo

Pesquisa - Equipe do GEAAM/ UFPA
Alessandro Ricardo Campos
Anderson Johnny dos S. Nunes
Arthur Leandro
Kátia Simone Alves Araújo
Renato Trindade

Pesquisa - Equipe do Projeto Azuelar/ Instituto Nangetu
Mametu Nangetu
Mametu Deumbanda
 Táta Kinamboji
Táta Kamelemba
 Muzenza Vanjulê

Narração
Mametu Nangetu

Elenco
Mametu Nangetu
Mametu Deumbanda
 Táta Kamelemba
Muzenza Vanjulê

Imagens (fotos e vídeos)
Alessandro Ricardo Campos
Anderson Johnny Nunes
Arthur Leandro
Kátia Simone Alves Araújo
Renato Trindade

Musicas
 Táta Mutá "A casa dos olhos do Tempo"
Táta Guiamazi/ Casa de Candomblé Angola Redandá redanda.com.br/

Edição
Arthur Leandro/ Táta Kinamboji Projeto Azuelar/ Instituto Nangetu

CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM SABERES AFRICANOS E AFRO BRASILEIROS NA AMAZÔNIA – IMPLANTAÇÃO DA LEI 10.639/03
Grupo de Estudos Afro-amazônicos
Faculdade de Ciências Sociais/ IFCS/ UFPA
 Faculdade de Artes Visuais/ ICA/ UFPA

 Projeto Azuelar Instituto Nangetu

Belém/PA 2012

(filmado com tecnologia do possível)

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Por uma política pública diferenciada para os Povos Tradicionais na Amazônia.

No sábado passado, dia 11 de agosto, aconteceu um encontro das lideranças dos movimentos sociais negros com a ministra-chefe da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, Luiza Bairros, e com  Silvany Euclenio Silva da Secretaria de Políticas para Comunidades Tradicionais - SECOMT/ SEPPIR. O encontro foi organizado pelo Centro de Estudos e Defesa do Negro no Pará/ CEDENPA e contou com a presença de diversas organizações do movimento negro, com lideranças de terreiros e lideranças quilombolas.
Foi o momento onde as lideranças dos movimentos puderam aprofundar o debate sobre o direto à terra, a qualidade de vida, o racismo e a discriminação racial, e sobre estratégias de ação junto às institutições estaduais e municipais para a aplicação das políticas de igualdade racial no Estado do Pará e em cada um dos seus municípios, foram essas as questões que nortearam este diálogo com a SEPPIR.

Uma pergunta se repetiu entre todos os presentes: como ajir para atender a negritude na Amazônia? Táta Kinamboji (Instituto Nangetu) chegou a comparar a região com um filho bastardo que vê os outros irmãos ganharem presentes sem conseguir acessar as políticas públicas para ter os mesmos direitos dos outros, e criticou que toda a comunicação e apresentação de propostas e projetos no governo Dilma aconteça exclusivamente pela internet quando temos problemas de infra-estrutura de energia elétrica e de comunicação na região. Nilma Bentes avaliou a questão regional e pediu, em nome do CEDENPA, a instalação de um escritório regional da SEPPIR na região norte, disse que somos dois terços do território nacional e que é necessário uma política diferenciada para atender a região.
As lideranças quilombolas pediram rapidez na titulação da terra e denunciaram as pressões que sofem cotidianamente por parte de proprietários de terra que estão em seu entorno, pressões que vem junto com as diretrizes governamentais de incentivos ao agro-negócio.
Falaram também que programas governamentais que não chegam ans comunidades, como o "Luz para todos" que chega até os sítios e fazendas dos proprietários de terra que se beneficiam de incentivos para o agro-negócio mas que dificilmente as comunidades quilombolas são beneficiadas pelo programa, assim como relataram problemas com a rede de ensino e com a rede de saúde em áreas remanescentes de quilombos.

A Ministra explicou que as prefeituras podem acessar verba especial para aplicar na educação e na saúde em comunidades quilombolas, e que muitas das prefeituras, inclusive as paraenses, acessam esses recursos, mas também disse que não há ainda por parte do governo federal. um sistema de avaliação contínua que permita a verificação de que a aplicação desses recursos aconteça mesmo nas áreas quilombolas, e orientou as organizações da sociedade a ocupar os espaços de diálogo: os conselhos e os fóruns municipais e estaduais, e a cobrar que esses recursos sejam aplicados em ações para as quais foram destinados.
Silvany Euclenio aproveitou e informou que acabou de negociar vagas específicas para quilombolas em cada comitê estadual do programa "Luz para todos", e que é o comitê quem define quais são os locais prioritários para a aplicação do programa, disse que essa articulação é recente mas que ainda este ano deveremos ter quilombolas no comitê que define as prioridades estaduais.
A Ministra também ressaltou que o governo federal não faz nada sozinho, que todas as ações precisam de articulaçnao com estados e municípios, e por isso é que vê a necessidade da transformação da SEPPIR em Ministério, porque os estados e municípios repetem a estrutura administrativa federal, e se o governo federal criar o Ministério da Igualdade Racial a tendência é termos em cada estado da federação, e em cada município, uma secretaria responsável pela aplicação dessas políticas de igualdade racial e que com isso é mais .

No caso específico da religiosidade, Mametu Nangetu, Mãe Nalva e Táta Kinamboji relataram os ataques sistemáticos e constantes que se agrarvam em período eleitoral, citaram como exemplo do uso eleitoreiro de preconceitos, como o da matéria veiculada no SBT em rede nacional em 2002 que relacionou o direito à celebração de ritos fúnebres de matrizes africanas com a suposta violação de tumulos em Belém, e continuaram com o deboche que a coluna "Bacana", do jornal "Diário do Pará", promoveu com a candidatura de Pai Gilmar em 2008 e com o vídeo que circulou na internet atacando  a candidatura de Helder Barbalho em Ananindeua, também em 2008, e promoveu o candidato do PSDB àquela prefeitura com a demonizaçnao do candidato do PMDB que havia feito uma reunião para ouvir as comunidades e povos de terreiros daquele municipio.
Byany Sanches continuou dizendo que o prefeito de Belém desmontou o Conselho Municipal de Negras e Negros e que a política do PSDB no governo estadual também está deixando o Conselho Esatual de Promoção da Igualdae Racial inoperante, e que com o poder municipal e estadual nas mãos de partidos políticos intolerantes com a religiosidade afro-brasileira e indiferentes aos casos de discriminação e racismo, as organizações do movimento negro não conseguem acessar as instituições públicas sequer para registrar os casos que ocorrem neste estado. E Janaina Oliveira acrescentou os casos de discriminação por orientação sexual, que quando acontecem com a juventude negra, trazem em si o agravante do racismo.

Como forma de reverter esta situação no estado do Pará, Luiza Bairros disse que a gente precisa criar redes de proteção com a participação da sociedade civil, das Polícias Civil e Militar, da Defensoria Pública, do Ministério Público Estadual, da OAB e outras instituições pra não ficarmos correndo atrás de advogados amigos a cada vez que ocorrer um caso de racismo e de intolerância religiosa E propôs ajudar a construir um seminário que reúna os atores das institutições e os movimentos sociais para ajudar o estado do Pará a criar uma 'agência' com a articulação que envolva todos na defesa e na proteção das vitimas do racismo. Luiza ainda acrescentou que só é possível criar a cultura do racismo como crime na medida que as vítimas insistam nas denuncias dos casos e provoquem o sistema criminal a se pronunciar sobre isso. Os movimentos sociais presentes se dispuseram então a encaminhar documento para a SEPPIR solicitando essa articulação para provocar uma parceria com o governo do Pará e com os municipios paraenses para que esse evento ocorra.



Mametu Nangetu participou da celebração pelos 35 anos da SDDH.

Mametu Nangetu esteve na comemoração pelos 35 anos da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanso/ SDDH. A cerimônia aconteceu no dia 8 de agosto no Gold Mar Hotel e reuniu personalidades que lutam pela garantia dos Direitos Humanos no Pará.
Ministros das diversas religiões que compõem o Comitê Inter-religioso do Pará fizeram uma celebração inter-religiosa pedindo vida longa para a SDDH.






domingo, 12 de agosto de 2012

Lançamento do livro do Mapeamento das Comunidades Tradicionais de Terreiros lotou o auditório da SAGRI.

Mãe Nalva (na tribuna) e Mametu Nangetu, representaram os Povos e Comunidades de Terreiros do Pará.

Mãe Nalva d'Oxum, que é uma das coordenadoras da pesquisa, e Mametu Nangetu, coordenadora do Fórum de Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos Tradicionais de Terreiros do Pará, representaram os Povos e Comunidades de Terreiros na cerimônia, e ressaltaram a importância desta e de outras pesquisas como forma de dar visibilidade para os povos e comunidades tradicionais de terreiros, e para ambas as sacerdotizas, a expectativa é ver esse trabalho traduzido em aplicação de políticas públicas afirmativas para povos de terreiros do Pará.
A ministra Luiza Bairros, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República, veio pessoalmente para o evento e teve a oportunidade de apresentar uma síntese da pesquisa  para as comunidades de terreiros da zona metropolitana de Belém, assim como apresentar indicativos do como o governo federal, e a SEPPIR, pretendem se basear nessa pesquisa para poder propor ações que resultem em impactos positivos para os povos de terreiros.
A ministra Luiza Bairros falou sobre as políticas de igualdade racial.

O acesso aos benefícios das políticas de promoção da igualdade racial já existentes foi uma preocupação no discurso de Luiza Bairros, que usou como exemplo as políticas de cotas raciais nas universidades e convocou os presentes a acessarem as cotas para o ingresso no ensino superior.
As comunidades de terreiros de Belém lotaram o auditório da Secretaria Estadual de Agricultura do Pará/ SAGRI, para o lançamento do livro "Alimento: direito sagrado", resultado da pesquisa socioeconomica e cultural dos povos e comunidades tradicionais de terreiros sob organização de Luana Lazzari Arantes e Monica Rodrigues.
Lideranças de terreiros lotaram o auditório para o lançamento do livro.

Todos os presentes no lançamento receberam um exemplar do livro, que também será distribuído para bibliotecas e instituições de ensino e pesquisa.
Todos os presentes receberam um exemplar.

A pesquisa foi desenvolvida pela Associação Filmes de Quintal com a participação das comunidades de terreiros, e é uma realização do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome/ MDS, com a Secretaria O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) junto a Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (Unesco) em parceria com a Fundação Cultural Palmares (FCP) e a Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), que realizaram o Mapeamento das Comunidades Tradicionais de Terreiro em Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife e Belém.
A diversidade das matrizes religiosas Afro-amazônicas se fez representar no evento.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Alimento: direito sagrado - lançamento do livro do Mapeamento das Comunidades Tradicionais de Terreiros.



O Fórum Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional dos Povos de Comunidades Tradicionais de Terreiro vem convidar a todos os Afro-religiosos, simpatizantes e amigos, para realização do evento de lançamento do livro do Mapeamento das Comunidades Tradicionais de Terreiros que teve como objetivo principal dados para promoção de políticas publicas de segurança alimentar e nutricional e melhoria de qualidade de vida nas comunidades tradicionais de terreiro.
LOCAL: Auditório da SAGRI, Tv. do Chaco, 2232 - Belém/ PA.
DATA: 10-08-2012
HORA: 16H


OBS:REPASSEM ESTE CONVITE A TODOS QUE CONTRIBUIRAM DE ALGUMA FORMA PARA REALIZAÇÃO DESTE PROJ EETO E JUNTOS MOSTRAREMOS QUE SOMOS MUITOS E LUTAREMOS PARA QUE NOSSOS DIREITOS SEJAM SEMPRE GARANTIDOS

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Última chance - 5 e 6 de agosto tem novo mutirão de cadastro para os Colegiados Setoriais do CNPC/MinC..

No domingo, dia 5 de agosto (a partir das 15h) e segunda-feira, dia 6 de agosto (das 10 as 16h) o Instituto Nangetu fará um mutirão de cadastro de eleitores e formação dos Fóruns Setoriais: 1) de Culturas Afro-Brasileiras; e 2) de Culturas Populares.
veja mais em http://www.cultura.gov.br/setoriais/
Os interessados devem comparecer na sede do instituto, sito: Tv. Pirajá, 1194 – bairro do Marco da légua, fone: 32267599, com os dados e os documentos necessários e cuja lista está descrita abaixo.
Para cadastrar eleitores é preciso preencher os dados do formulário, assim como trazer os documentos de comprovação pedidos abaixo
Dados Pessoais
Nome Completo: *
Nome Artístico / Apelido:
CPF: *
RG: *
Nascimento: *
Naturalidade: *
E-mail: *
Comunidade:
Localização
Endereço: *
Complemento:
Bairro: *
CEP: *
Cidade: *
UF: *
Dados Profissionais
Formação: *
Área de Atuação: *
Descrição do vínculo empregatício ou atuação profissional autônoma.
Apresentação: ( 3000 caracteres )
Escolher o segmento da área técnico-artística ou de patrimônio cultural que representa:
    Documentos para anexar (em pdf com no máximo 1MB.)
    1. Comprovação de Três Anos de Atuação no Setor: * (trazer documentos que comprovem a atuação na área)
    2. Curriculo ou Diploma Profissional ou Registro Profissional no Ministério do Trabalho (DRT) ou Participação em Entidade/Comunidade representativa da área ou segmento no formato .
    3. Identidade: *
    4. CPF: *
    5. Comprovante de Residência:


    Ciclovida - dia 3 de agosto no Cineclube Nangetu.

    Ciclovida (Lyfecycle) | Matt Feinstein e Loren Feinstein, Doc., Brasil, EUA, 2010, 76 min.
    Sinopse: Inácio e Ivânia concebem a idéia e plano da viagem de bicicleta do Ceará até Buenos Aires, na Argentina - mais de 8 mil quilômetros (ida e volta). Eles descrevem a sua filosofia respeitosa de uma nova relação com a Terra e de outras pessoas como a base para o seu modo de transporte e da necessidade de reunir sementes naturais e criar redes para a futura partilha de idéias e de sementes como a motivação para a viagem.
    Os viajantes documentam a dominação dos agrocombustíveis no campo e o deslocamento de milhões de pequenos agricultores e comunidades indígenas. Cultivos e matas nativas estão sendo substituídos por desertos verdes de monoculturas transgênicas onde nada mais, planta ou animal, pode sobreviver aos agrotóxicos.
    Para maiores informações ou para organizar um evento com o filme em sua comunidade, ou ainda, para ser membro da Equipe do Ciclovida, entre em contato ciclovida.org
    Ficha Técnica: Câmera: Matthew Feinstein, Ivânia de Alencar, Inácio do Nascimento, Philipe Ribeiro e Jorge Ota Edição: Irmãos Feinstein

    Cineclube Nangetu
    3 de agosto de 2012, 19h.
    Tv. Pirajá, 1194 - Marco da légua.
    Belém do Pará
    91-32267599