domingo, 6 de maio de 2012

BOMBADEIRA dia 26 de maio no Cineclube da ARCAXA

 
A programação é parte da celebração pelos 35 anos de fundação da Sociedade Paraense de Defesa dos Direitos Humanos - SDDH.
Haverá debate com o diretor do Filme - Luis Carlos Alencar, com Lideranças de Terreiros de Belém e Ananindeua e com Militantes de Direitos Humanos.

 
Bombadeira, de Luis Carlos Alencar. Brasil, 2007 - 75min. Sinopse: Bombadeiras, assim são chamadas as travestis que transformam o corpo de suas clientes com aplicações clandestinas de silicone (geralmente silicone industrial,não permitido para uso em seres humanos). Este universo simbólico de morte e renascimento, em que um ciclo de vida se encerra para permitir a iniciação de outro, é desvendado pelo diretor Luis Carlos de Alencar em seu documentário BOMBADEIRA, registrando o mito das "fadas madrinhas" no imaginário da travesti, e sua importância na construção de uma identidade de gênero.Um rito de passagem dramático e doloroso. Por vezes, a prática clandestina torna-se o único ou o mais acessível modo de se conseguir o corpo feminino idealizado. As aplicações são feitas nas nádegas, seios, às vezes no rosto, nos joelhos.As bombadas. Quem são? Como vivem? O que desejam? Luis Carlos de Alencar mostra afazeres domésticos, cotidianos em casas e pensões, relacionamentos conjugais e preocupações estéticas de um grupo de travestis da cidade de Salvador. Através de uma sucessão de depoimentos surpreendentes, ternos, apaixonados, o filme mergula nesse universo e revela um lado da realidade pouco conhecidodas travestis, e os entraves segregadores que sofrem na vida social.Ria,chore,compreenda,EMOCIONE-SE.
A proposta para os terreiros é colocar em discussão a questão da transexualidade e o como as religioões afro-amazônicas tem se comportado diante da presença de transexuais nas suas comunidades e em seus rituais.

Para os coordenadores do GT de Comunidades Tradicionais de Terreiros da PARACINE, o filme Bombadeira é importante para os terreiros porque traz o depoimento de várias transexuais e de bombadeiras que são sacertodes/sacerdotizas de religiões afro-brasileiras, e o GT acredita que o filme pode fomentar o debate sobre o paradoxo entre o reconhecimento dos diretos civis de escolha de gênero, com os principios das crenças dos afro-religiosos no poder mítico relacionado ao corpo feminino. Mas trazer esse debate à tona pelo viés do humano e pelas próprias transexuais de terreiros.

A Rede de Cineclubes em Terreiros da Zona Metropolitana de Belém é uma articulação criada por poroposição do GT de Comunidades Tradicionais de Terreiros da Federação Paraense de Cineclubes - PARACINE, em parceria com a Diretoria Regional Norte do Conselho Nancional de Cineclubes - CNC e apoio da rede [aparelho]-:, do Cineclube Nangetu e Cineclube ti Bamburucema.

Fazem parte da Rede: Cineclube Nangetu, Cineclube ti Bamburucema, Cineclube ACIYOMI, Cineclube ACAOÃ, Cineclube Maristrela (AFAIA), Cineclube Estrela Guia Aldeia de Tupynambá, Cineclube do Turco Jaguarema, Cineclube da ARCAXA, Cineclube da Irmandade de São Benedito, FEUCABEP, Cineclube do Turco Ricardinho. Cineclube 7 Cores (Ylê Asè IDANBESSEN).
 
 Táta Kinamboji, pelo GT de Comunidades Tradicionais de Terreiros da PARACINE.
 
Cartaz: Projeto Azuelar/ Instituto Nangetu - Ponto de Mídia Livre.

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