quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Cineclube Nangetu revive a época das chanchadas em sessão às 19h desta sexta-feira 3 de fevereiro.





O que aconteceria se a cabeleira de Sansão fosse uma peruca? Você vai saber vendo a história do barbeiro Horácio (Oscarito), que depois de sofrer um insólito acidente vai parar no Reino de Gaza, muitos anos antes de Cristo. Lá ele conhece Sansão (Wilson Viana) cuja força descomunal vinha de uma "milagrosa" peruca. Ao trocar a tal peruca de Sansão por um isqueiro, Horácio transforma-se num homem forte e poderoso, passando a reinar em Gaza como um ditador bonachão. A partir daí, nosso herói se mete em muitas trapalhadas, numa das comédias mais inteligentes do cinema brasileiro.Paródia ao épico "Sansão e Dalila", de Cecil B. de Mille, nossa superprodução brasileiríssima satiriza com bastante criatividade os bastidores de um golpe populista e os problemas do cidadão comum no começo dos anos 50: carestia, inflação, desemprego, consumismo. Qualquer semelhança com o governo Vargas não era mera coincidência.Em Nem Sansão Nem Dalila a crítica política se casa perfeitamente com o humor sem fronteiras de Oscarito, que diverte a todo tipo de público. E ficou na história a impagável imitação que ele faz de um discurso de Getúlio Vargas.Trabalhadores do Brasil... Com vocês Nem Sansão Nem Dalila

Chanchada, em arte, é o filme ou qualquer outra forma de espetáculo onde  predomine o humor ingênuo, burlesco, de caráter popular. As chanchadas foram comuns no Brasil entre as décadas de 1930 a 1960.
A produtora carioca Atlântida descobriu nos filmes carnavalescos um grande negócio, capaz de fazer muito sucesso entre o público brasileiro. Sem dúvida, ela foi a grande responsável pelo sucesso das chanchadas e a pioneira em adotar os temas carnavalescos em forma de musicais.
Após o esgotamento da fórmula que fazia uso de temas carnavalescos, a Atlântida passou a adotar argumentos, enredos e situações mais complexas e heterogêneas. É neste período, entre as décadas de 50 e 60, que os filmes ganham maior empatia com o público e a Atlântida vivia seu auge. O Brasil da época tinha laços de dependência com a cultura norte-americana, o que gera atitudes colonizadas dos produtores, do público e da crítica. Desta forma, as chanchadas passam a basear-se na paródia do cinema dos Estados Unidos para atrair o público.
As chanchadas passam a ter um tom mais debochado, parodiando o cinema americano e a política nacional. Quem domina essa área é o diretor Carlos Manga, que assume o papel de Watson, e cria belíssimas chanchadas, com um padrão de qualidade muito superior, valorizando a fotografia e os aspectos técnicos. Começa em 1953, com a melodramática história de Dupla do Barulho, uma espécie de homenagem ao ator Grande Otelo. Seguem-se outros grandes filmes, e inesquecíveis cenas. Nem Sansão Nem Dalila, 1654, e O Homem do Sputnik, 1959 são os maiores filmes dessa época. Oscarito brilha sem parceiro mas com uma força que quase monopoliza o mercado cinematográfico, fazendo a Atlântida faturar rios de dinheiro, mas ganhando muito 'mal'. 

Oscarito, é o pseudonimo de Oscar Lorenzo Jacinto de la Imaculada Concepción Teresa Diaz (Málaga, 16 de agosto de 1906 — Rio de Janeiro, 4 de agosto de 1970) foi um ator hispano-brasileiro, considerado um dos mais populares cômicos do Brasil. Ficou famoso pela dupla que fez com Grande Otelo, em comédias dirigidas por Carlos Manga e Watson Macedo. Nasceu em família circense, vindo para o Brasil com um ano de idade, mas somente naturalizou-se em 1949. Seu pai era alemão e a mãe portuguesa. 
Estreou no circo aos cinco anos de idade, ali aprendeu a tocar violino, sendo ainda palhaço, trapezista, acrobata e ator.
Estreou no Teatro de revista em 1932, na peça Calma, Gegê, que satirizava o ditador Getúlio Vargas, de quem tornou-se amigo. No cinema estreou em Noites Cariocas, de 1935, embora tenha figurado num filme anterior, e foi nesta arte que ganhou enorme popularidade no país. Fez parceria com Grande Otelo em diversos filmes de chanchada.
Seu nome, no Brasil, era paralelo para os maiores humoristas do cinema, como Charles Chaplin ou Cantinflas.
Foi casado com Margot Louro, com quem teve dois filhos. Já aposentado, tentou imitar em casa seu pulo característico, tendo o acidente vascular que o matou, a 4 de Junho de 1970.[1]

Fontes:




Cineclube Nangetu.

Tv. Pirajá, 1194 - Marco da légua.
Belém do Grão-Pará.
CEP 66.095-631
Fones: (91)32267599; (91) 88067351 (Mametu Nangetu).

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