quinta-feira, 31 de março de 2011

FOTOS DO LANÇAMENTO DA CARTILHA "SONA 2" (GUIA DE DIREITOS DAS MULHERES) DIA 31 DE MARÇO, QUINTA-FEIRA ÀS 15:30 NO AUDITÓRIO OTÁVIO MENDONÇA DA OAB-PARÁ.

A cartilha relaciona passagens da mitologia das divindades femininas afro-brasileiras com os artigos da Lei Maria da Penha, o Instituto Nangetu considera um guia importantíssimo porque orienta as mulheres de terreiros a combater a violência de gênero, que é violência doméstica, a partir da cultura afro-brasileira.

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ESTA PROGRAMAÇÃO FAZ PARTE DA COMEMORAÇÃO AO 18 DE MARÇO, DIA MUNICIPAL E ESTADUAL DE UMBANDISTAS E AFRO RELIGIOSOS DO ESTADO DO PARÁ. ARTICULAÇÃO: FÓRUM PARAENSE DE AFRO-RELIGIOSOS/ FORUPUAR - AFAIA INSTITUTO NANGETU E COMUNIDADES TRADICIONAIS DE TERREIRO.

Endereço para pedir exemplares: AFAIA - Rod. Augusto Montenegro Km 10, Conj. Jardim Maguary Alameda 24, casa 86. Belém/PA. CEP: 66.823.060 afaia@afaia.org.br

terça-feira, 29 de março de 2011

ALEPA entrega Comenda Mãe Doca de Mérito Afro-regioso.

Os homenageados foram esciolhidos pelas bancadas de cada partido. Dos 16 partidos representados na Assembléia Legislativa do Estado do Pará, 5 se negaram a entregar comendas a Afro-religiosos, o que revela o racismo estrutural que sustenta a intolerância religiosa na sociedade brasileira.
O Instituto Nangetu parabeniza todos os homenageados, e também declara que reconhece o trabalho de tantos outros que muito contribuem para a valoração positiva das religiões de matrizes africanas na Amazônia, esperando que nos anos que se seguirem a ALEPA conceda novas comendas sem a recusa de bancadas de participar dessa homenagem merecida. 

Pioneiro, presidiu a sessão especial

Bernadete Ten Caten autora do projeto.

Amilton Barreto representou Babá Edson Catendê

Pai Esmael recebendo a comenda

Mãe Lulu, do terreiro centenário Dois Irmãos


Babá Tayando


Mãe Nalva, da rede saúde nos terreiros

Pai Orlando Bassu, referência de Tambor de Mina

Mametu Nangetu, referência de candomblé de Angola.

Walmir de Oxossi



Todas as lideranças que receberam a comenda.

Mansu Nangetu se faz presente na caminhada "Fé e resistência"

Mametu Nangetu e demas lideranças de terreiros na abertura da caminhada.


A comunidade do Mansu Nangetu se fêz maciçamente presente na "Caminhada fé e resistência e pela liberdade religiosa", promovida pelo Fórum dos Umbandistas e Afro-religiososdo Pará por proposição e organização das comunidades tradicionais de terreiros junto com o INTECAB-PA.
Mametu Nangetu atribui a grande participação dos membros da comunidade ao trabalho de formação política e de defesa da cidadania e dos direitos humanos desenvolvido pelo Instituto Nangetu, para ela as constantes rodas de conversa sobre o direito a consciência religiosa, sobre questões femininas, sobre a terceira idade, sobre o contexto da população negra brasileira e sobre os temas expressos nos enredos dos filmes nas sessões de cineclube, preparou a comunidade para o debate político e contribiu para a consciência de que a participação política é o caminho para que as mudanças sociais se concretizem.
Ela conta, ainda, que a comunidade se preparou para a caminhada como se prepara para rituais: que escolheram vestimentas especiais e verificaram todos os acessórios que seriam usados, desde as contas de identificação de Nação e divindades, até os brincos e pulseiras que melhor se adequavam ao momento.
Para a grande maioria foi a primeira participação em manifestações públicas, Kota Mazakalanje disse que se sentiu feliz de ver um número significativo de afro-religiosos na caminhada, e mais ainda por estar acompanhada de seus irmãos. Tatetu Kalasambi se impressionou com a receptividade da população, e declarou que esperava algumas reações de reprovação ao ato.
Na roda de conversa que ocorreu nesta segunda-feira, foi consenso a avaliação da comunidade de que precisamos criar situações permanentes que deem visibilidade social para as populações de terreiros afro-amazônicos.
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Ndumbe Felipe, Mametu Deumbanda e Tatetu Kalasambe
Táta Congoande com Mametu Nangetu e Mametu Muagilê.

Muzenza Sitalumbanda e seu filho participaram da caminhada

Ekedy Rita com seu filho de colo, Mãe Nalva de Oxum e Iyá Nere, lideranças femininas presentes na manifestação.


Parte da família Nangetu se prepara para a caminhada


Muzenza Ngangamuxi com sua família.
A animação foi a tônica da caminhada.

Maysa Almeida, da SEJUDH, prestigiou os afro-religiosos.






sábado, 26 de março de 2011

Roda de conversa sobre o "Barravento" e "Respeitando direitos, reconhecendo deveres"

O debate abordou o cinema, a situação das comunidades negras brasileiras e outros assuntos, mas o principal foi mametu Nangetu declara que quer fazer um filme de ficção, um longa metragem filmado em celular e nas maquinas fotográficas disponíveis na comunidade.



II CAMINHADA ESTADUAL PELA LIBERDADE RELIGIOSA "FÉ E RESISTÊNCIA".

Mametu Nangetu chama o 'povo do santo' para juntos fazermos a II Caminhada Estadual Pela Liberdade Religiosa.
Publicamos abaixo as mensagens das lideranças de Comunidades de Terreiros em prol da caminhada.

II  CAMINHADA ESTADUAL PELA LIBERDADE RELIGIOSA "FÉ E RESISTÊNCIA".

*"A VIOLÊNCIA RELIGIOSA INVADIU A PROPALADA "ERA DOS DIREITOS",E SE INSTALOU AINDA EM PLENO SÉCULO XXI.ESSA FORMA DE VIOLÊNCIA,É UMA DAS QUESTÕES CENTRAIS DO PRESENTE SÉCULO,CONFLITOS DE NATUREZA ÉTNICA E RELIGIOSA,AINDA PERSISTEM NOS DIAS DE HOJE,É SURPREENDENTE VERIFICAR QUE PESSOAS SÃO ESPANCADAS,PERSEGUIDAS E EM ALGUNS CASOS,MORTAS,SIMPLESMENTE POR PRATICAREM RELIGIÃO DE MATRIZ AFRICANA,E O MAIS ABSURDO,É QUE VIVEMOS NUM PAÍS DEMOCRÁTICO,LAICO,E COMPROMETIDO INTERNACIONALMENTE COM A PROTEÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS,NO ENTANTO,OS SEUS CIDADÃOS AFROS-DESCENDENTES OU AFROS-RELIGIOSOS SÃO PASSÍVEIS DE UMA PERSEGUIÇÃO VELADA E DISSIMULADA,COM RESTRIÇÕES AOS DIREITOS ECONÔMICOS,SOCIAIS,E CULTURAIS.POR VEZES O ACESSO AO MERCADO DE TRABALHO,E AOS CARGOS PÚBLICOS,OU A CONQUISTA DE UM SIMPLES DIPLOMA,PODEM CUSTAR O SACRIFÍCIO DA CONSCIÊNCIA"(.KÁTIA HADAD.)

"A VERDADEIRA LIBERDADE É PODERMOS TUDO POR NÓS."(MICHEL DE MONTAIGUE)

""SÓ É DIGNO DA LIBERDADE,COMO DA VIDA,AQUELE QUE SE EMPENHA EM CONQUISTÁ-LA".(JOHANN GOETHE)

""MAIS VALE UMA TEMPESTUOSA LIBERDADE,DO QUE UMA TRANQUILA ESCRAVIDÃO'(FAUZI ARAP)

""QUEM SABE DE QUE NEGRAS RAÍZES SE ALIMENTA A LIBERDADE DE UM HOMEM".(CLARICE LISPECTOR).

II CAMINHADA ESTADUAL PELA LIBERDADE RELIGIOSA FÉ E RESISTÊNCIA".
 CONCENTRAÇÃO ÀS 9HS DA MANHÃ NA ESCADINHA EM FRENTE A PRAÇA PEDRO TEIXEIRA,NESTE DOMINGO 27/03/2011.
REALIZAÇÃO:INTECAB/PA E COMUNIDADES TRADICIONAIS DE TERREIROS.

ATENCIOSAMENTE.

MAMETU KAIA ONILEGI(KÁTIA HADAD).
DIRETORIA SOCIAL DO INTECAB/PA.


INTECAB /PARÁ (*)

É com satisfação e orgulho que o INTECAB /PARÁ – Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afrobrasileira – e as Comunidades Tradicionais de Terreiros lançam a II Caminhada pela Liberdade Religiosa. A ação configura-se como o pontapé inicial de uma campanha de conscientização e defesa da liberdade de crença e contra a intolerância religiosa.
Este é um assunto que diz respeito às religiões, mas também diz respeito a todos os defensores da cidadania e dos direitos fundamentais da pessoa humana.
A liberdade de crença é um direito assegurado na Constituição Federal, que necessita urgentemente de validade prática, de modo que toda e qualquer crença ou religião possa ser exercida num contexto de respeito, paz e compreensão.
A Declaração Universal dos Direitos Humanos, no artigo 18 determina que a intolerância religiosa ofende a dignidade da pessoa humana e é uma grave violação dos direitos humanos.
O primeiro passo nessa luta deve ser conhecer os direitos, divulgá-los e conscientizar as pessoas e a sociedade.
Segundo o IBGE, o povo brasileiro professa várias religiões. Há também os ateus, que pagam impostos como os fiéis e merecem toda a consideração e respeito.
Todos devem ter o direito de praticar sua crença de acordo com seus costumes, tradições e valores. E o Estado tem a obrigação de manter a paz social, a compreensão e respeito mútuo entre as várias denominações religiosas.
De outra parte, a intolerância e a discriminação que há séculos perseguem as religiões de matiz africana representam uma das faces mais perversas do racismo brasileiro.
As religiões indígenas, o judaísmo, o islamismo, o espiritismo, o budismo e outras religiões que no Brasil podem ser consideradas “minoritárias”, também são vítimas de discriminação.
No passado, a própria lei discriminava e punia qualquer manifestação religiosa que diferisse da religião então considerada oficial. No presente, a lei determina a igualdade de todas as religiões, mas, na prática muitas são as violações de direitos.
Juntos, unidos, podemos fazer com que a lei tenha validade na prática. A lei vale para todas as religiões. Discriminação religiosa é crime. E não haverá democracia plena no Brasil enquanto houver ofensas e discriminação de ordem social e cultural, baseada em religião ou crença.
Dia 27 de março de 2011
9 horas na escadinha do Veo-o-Peso, Belém/Pará

Instituto Nacional da Tradição e Cultura Afrobrasileira

Assembléia Legislativa do Pará faz sessão solene para Mãe Doca.

A fim de prestar homenagens merecidas será entregue a “Comenda Mãe Doca” em sessão solene no dia 28 de março de 2011, às 9 h, no plenário da Assembléia Legislativa do Estado do Pará. Participe!

Rosa Viveiros, mais conhecida como “Mãe Doca”, confirmou-se como um dos símbolos da luta pelo respeito e liberdade afroreligiosa. Diante de se...us feitos e de sua força em prol das várias correntes do Tambor de Mina, ela, transformou-se em uma referência de resistência pelo direito de cultuar deuses e entidades africanas e indígenas, preservando sempre a religiosidade afro-amazônica.

Pela importância ao longo dos tempos, Mãe Doca foi escolhida pela deputada estadual Bernadete Ten Caten, autora da Lei 1317/2009, lei, esta, que confere reconhecimento a todos que trabalham na divulgação, manutenção e preservação das manifestações afro religiosas, para receber a Comenda no próximo dia 28 de março em sessão solene no plenário da Assembléia Legislativa do Estado do Pará –Alepa.

A Comenda “Mãe Doca” faz referência ao dia 18 de março, data sinônimo de preservação cultural e religiosa que relembra diversos conhecimentos tradicionais e uma longa história de obstinação contra a intolerância religiosa, que, neste caso, acabou por organizar o Tambor de Mina no Pará, e fez com que a citada religião assumisse características regionais.

Mãe Doca, maranhense de Codó, passou de um século para outro e escolheu o Pará para viver, inaugurou seu terreiro em 1891. Agüentou às consequências da escravidão, enfrentou todo tipo de racismo por ser praticante desta religião, passou pela ditadura, foi perseguida entretanto, jamais deixou de lado suas referencias e crenças e, mesmo tendo sido presa , ela conseguiu promover espaços de diálogo entre afro religiosos e garantir o direito a praticar sua crença religiosa, o Tambor de Mina.

LANÇAMENTO DA CARTILHA "SONA 2" GUIA DE DIREITOS DAS MULHERES

O FORUM DE AFRO RELIGIOSOS DE BELÉM - FORUMPUAR
CONVIDA TODAS E TODOS PARA O LANÇAMENTO DA CARTILHA "SONA 2 (GUIA DE DIREITOS DAS MULHERES)
DIA 31 DE MARÇO, QUINTA-FEIRA
ÀS 15:30 NO AUDITÓRIO OTÁVIO MENDONÇA DA OAB-PARÁ.

- MESA DE DEBATE " AS MULHERES NOS ESPAÇOS DE DECISÃO"
COM AS MULHERES AFRO RELIGIOSAS, PARLAMENTARES, MINISTÉRIO PÚBLICO, REPRESENTANTES DA OAB E MILITANTES DO MOVIMENTO DE MULHERES, SEJUDH

- LANÇAMENTO DA CARTILHA - SONA 2

- CAFÉ REGIONAL

ESTA PROGRAMAÇÃO FAZ PARTE DA COMEMORAÇÃO AO 18 DE MARÇO, DIA MUNICIPAL E ESTADUAL DE UMBANDISTAS E AFRO RELIGIOSOS DO ESTADO DO PARÁ.

ARTICULAÇÃO: FORUPUAR - AFAIA - INSTITUTO NANGETU - CINE CLUBE NANGETU - COMUNIDADES TRADICIONAIS DE TERREIRO.

PROJETO " ÌYÁ YÓNÚ'" - MULHERES TRASNPORTADORAS DE AXÉ/ AFAIA / SPM / GOVERNO FEDERAL
AFAIA - RUMO AOS 26 ANOS DE RESISTÊNCIA, IDENTIDADE E FÉ

E KÁÀBÒ
BÀBÁ CATENDÊ

sexta-feira, 25 de março de 2011

"A luta não acaba com a aprovação da Lei, temos que fazer a Lei valer"

O Fórum de Umbandistas e Afro-religiosos do Pará - FORUMPUAR, não deixou o 18 de março passar em brancas nuvens, e realizou uma programação em homenagem àa Iyás e Iyalodês.
No acolhimento aos presentes, Mametu Nangetu explicou que para a comemoração do dia 18 de março o Instituto Nangetu propôs ao FORUMPUAR este coquetel e a roda de conversa para as mulheres de terreiro, e que comemorava as duas datas no mesmo evento - o dia internacional da mulher e o dia da Umbanda e dos Cultos Afro-brasileiros, saudou as "grandes mães" protetoras e transmissoras de Ngunzo e de Axé.
Lideranças da Confederação das Mulheres do Brasil trouxeram para a conversa as questões atuais da luta por igualdade de oportunidade entre os gêneros, e a Iyá Sandra Fonseca de Oxum, da AFAIA, relacionou as lutas à força das divindades femininas afro-brasileiras.
"A luta não acabou com a aprovação da Lei, temos que fazer a Lei valer!", foi com essa frase que a ex-deputada estadual e militante, Araceli Lemos, terminou sua explanação sobre as conquistas de igualdade de gênero e outras lutas femininas na roda de conversa em homenagens para as Iyás e Iyalodês, realizada pelo Fórum dos Umbandistas e Afro-religiosos do Estado do Pará.
Entre outros exemplos, ela se reportou à Lei Maria da Penha e às tentativas de abrandar as penas previstas, citou diversos casos de violência doméstica ocorridos em Belém e o descaso com que eram tratados nas delegacias de polícia antes da Lei Maria da Penha.
Araceli é a autora do projeto que resultou na Lei Estadual nº 6.639, de 14 de abril de 2004, que dedica o 18 de março a Umbanda e aos Cultos Afro-brasileiros no Estado do Pará, e ressaltou a presença das mulheres como Mãe Doca na liderança dos movimentos sociais, assim como a importância das atuais lideranças femininas à frente das comunidades de terreiros que assumem o protagonismo da luta pela cidadania e pelos direitos humanos para a população dos terreiros em nosso estado.
Para ela, esta é outro exemplo de Lei a que depende da insistência e da vontade popular para vir a ter efeito, e destacou a importância da programação realizada pelas comunidades de terreiro em memória de Mãe Doca, para ela é uma excelente forma de perpetuar a memória de Mãe Doca e de tornar a Lei conhecida da populaçnao.
O evento em memória de Mãe Doca ainda contou com um coquetel regional e sessão dupla no cineclube, com a exibição dos filmes "Até Oxalá vai à guerra - uma história de racismo e intolerância religiosa", que reacendeu a necessidade da luta pela liberdade; e "Ojú Onà", que promoveu uma interessante conversa sobre potência do cinema como ferramenta de combate ao racismo e à intolerância religiosa.


Maysa Almeida, da CEPIR/SEJUDH, prestigiou o evento 
Araceli Lemos falou das lutas das mulheres
Até Oxalá vai a guerra e a luta por liberdade
Oju onå e o cineclubismo afro-brasileiro

Mametu Nangetu fala sobre a programação em homenagem a Mãe Doca ao vivo no canal Futura